27 de julho de 2011

Mesmice

Ando cansada de tanta coisa convencional, de tanta gente sem expressão, sem emoção.
Reparei que em cada novo rapaz ou garota que venho a conhecer sinto falta de olhar em seus olhos e perceber que talvez não saiba nada além do seu nome e que suas intenções são uma duvida para mim.

Sabe, faz um tempo que não me pergunto se por trás de um rosto assustado não existe alguém assustador, um vilão ou um malfeitor.

Com certeza também me cansei de ser igual a muitas e atingir a expectativa de muitos e no fundo só querer uma sensação amarga com uma sobrinha de prazer
Percebo que a minha história vem ficando repetida, que o tempo passa, que os meus sonhos não são os mesmo que antes e que ainda estou contando migalhas. E é agora, absolutamente agora ... Que começo a me questionar se a minha juventude mal vivida e minha vontade limitada faz de mim alguém frustrada e essa resposta é quase simples, digamos que um pouco anti racional é a que... Talvez eu só procure algo que seja bom para mim, mas em um infeliz desencontro com a felicidade ainda esteja aturando essa tão chata mesmice.

4 de julho de 2011

Aquele cara

Seu cabelo longo e negro batia na altura dos ombros e era reluzente aos meus olhos atentos em cada novo movimento que ele dava

Seu silencio e a garrafa de “Jack” lhe davam um estilo descolado e ao mesmo tempo sombrio

Aquelas suas tatuagens incomuns eram o seu charme marcado na pele, seu perfume era tão convidativo como o seu corpo gélido

A sua voz era roca com um vocabulário nobre que era a única coisa que não se encaixava com a sua jaqueta jeans velha e puída propositalmente

Tudo nele me parecia fascinante e eu estava certa de que estava interessada pelo desconhecido, pelo o que aparentemente não poderia ser meu

"He was just a guy and my guy could be the"