26 de janeiro de 2012

Insegurança

É sempre confuso entrar na vida de alguém, afinal você nunca sabe quem passou por ali e o que outras pessoas plantaram.
São sempre ingênuos os primeiros sorrisos, olhares, encontros, beijos, conversas e vinhos... Até que você conheça um pouco mais, que você se aprofunde mais e veja que aquela pessoa também trouxe com ela uma bagagem tão grande quanto a nossa.
Ai vira uma aquarela de sabores, sensações e ás vezes decepções.

A realidade é que cada um espera pra si que uma segunda pessoa seja completa, que não se doe pelas beiradas e nem tenha um nível de até quando aquilo vai acontecer.

Raramente você encontra alguém que esteja disposto a se dar por inteiro, sem receio do fim.


Algumas pessoas bateram tanto com a porta na cara que um dia resolveram fechar as possibilidades.
E por um lado essa covardia se tem como corajosa... Já que limitar o amor pode ser tão duro quanto ignorá-lo.

6 de janeiro de 2012

Imune

Já foi o tempo onde acreditava na ilusão de que o amor cortava como caco de vidro, que ia destruindo suavemente todos os dias o musculo que batia aqui dentro. Pura maluquice, pura falta de observação.

Apaixonei-me por diversos homens... Altos, baixos, negros, brancos, ricos, pobres... Mas esqueci de me apaixonar pelo caráter, pelo carinho, pelo senso de humor, pela boa fé, pelos dias verdadeiros de tédio onde a pipoca era muito mais auto-suficiente do que um copo cheio de vodka.

O amor nunca me fez sofrer, ele nunca me trouxe magoa ou ataque de querer morrer.
O amor me deu portas pra encontrar caminhos novos, rumos inesperados e conhecer pessoas que realmente me faziam sentindo, e não aquelas que por comodismo acredite que seriam boas e sinceras.

Construí meu próprio precipício aonde eu mesma me joguei no abismo de fantasias e mentiras tolas.