16 de julho de 2013

Olhar seu retrato me trás lembranças. Amargas, tortuosas, e lindas. De uma época na qual eu sabia amar, sabia algo sobre o amor, e embora tudo seja tão oculto, eu podia sentir. E agora me apego apenas as recordações. Que me machucam, e por outro lado me fazem sorrir. Uma dor sadia... De saber que o que foi jamais voltará, e o sentimento vivido jamais será esquecido.

Tem cheiro de saudade

Por algum instante o eco das lembranças soaram abruptamente no meu ouvido. E como um Déjà vu me veio as lembranças de nós dois. Gosto de uva, saliva pelo pescoço, adeus corrido pra não voltar pra cama. A parte ruim deixei de lembrar, ou talvez tenha até me esquecido. Acredito que seja só saudade... Do que se foi, do que não voltará, e do temor de não saber como te ter em meus braços mais uma vez.

13 de julho de 2012

Me deparar com essa página em branco já foi mais fácil, admito. Escrever coisas aleatorias nunca me pareceu tão sacrificante... Talvez isso seja culpa das lembranças, culpa da saudade. Uma nostalgia fingida, e tão real quando a minha falta do que dizer. É mesmo contraditorio, é mesmo muito confuso... Certas hora eu preciso apenas apegar as recordações, e por instantes eu me pego altamente apegada por velhos sentimentos... Já me disseram: 'A vida continua'.. Ela realmente continua, mas nunca sabe como continuar e até quando ela irá prosseguir.. E dai desencadeia milhões de assuntos, diversos pensamentos, e por fim aquela maldita lembrança. Você se foi, o que passou ficou, o que foi jamais irá voltar E por qualquer motivo tolo eu creio que a sua ausencia só se faz mais presente. Nadar contra a maré, e relutar virou um sacrificio diario.

7 de março de 2012

31

A porta sempre se fecha, quando você entra por ela.
É como se eu pudesse contar com os seus abraços, com a sua atenção...
E acreditar nisso pode ser muito mais fácil do que cair na real de que estou vivendo parte do meu sonho, como um daqueles em que acordo sozinha.
Quando você chega, diz aquelas coisas é tão mais normal cair no seu colo, dai então eu desligo a mente, ignoro a verdade e finjo que enfim estavamos vivendo um sentimento a dois.

28 de fevereiro de 2012

nois2

Os teus erros gramaticais não me impedem de viajar nas estrelas, e contar cada uma delas como se todas fossem como você.

Roubando chicletes por ai, contando piada até dormir, e me fazendo rir... Rir de toda a ironia que eu mesma me coloquei... Essa ironia de amar sem cerimonia, sem o pingo no i, sem o aquele ‘porém’.

Escrever cartinhas de amor e colar na geladeira pra que você entre e leia as bobagens que escrevo... Que são sempre uma droga, e que você adora.
Comer chocolate as três, levantar da cama pra fazer xixi e te levar comigo pra não ter medo dos monstros que se abrigam embaixo da nossa cama.
Contar besteira, falar besteira, respirar besteira. Roubando meu ar, e me dando parte do teu.

Doideira minha te deixar entrar, e passear pelos cantos mais sórdidos do meu corpo, ver meu sorriso meio mal humorado, e mesmo assim ainda permitir ser só meu, e eu ser só tua.

26 de janeiro de 2012

Insegurança

É sempre confuso entrar na vida de alguém, afinal você nunca sabe quem passou por ali e o que outras pessoas plantaram.
São sempre ingênuos os primeiros sorrisos, olhares, encontros, beijos, conversas e vinhos... Até que você conheça um pouco mais, que você se aprofunde mais e veja que aquela pessoa também trouxe com ela uma bagagem tão grande quanto a nossa.
Ai vira uma aquarela de sabores, sensações e ás vezes decepções.

A realidade é que cada um espera pra si que uma segunda pessoa seja completa, que não se doe pelas beiradas e nem tenha um nível de até quando aquilo vai acontecer.

Raramente você encontra alguém que esteja disposto a se dar por inteiro, sem receio do fim.


Algumas pessoas bateram tanto com a porta na cara que um dia resolveram fechar as possibilidades.
E por um lado essa covardia se tem como corajosa... Já que limitar o amor pode ser tão duro quanto ignorá-lo.

6 de janeiro de 2012

Imune

Já foi o tempo onde acreditava na ilusão de que o amor cortava como caco de vidro, que ia destruindo suavemente todos os dias o musculo que batia aqui dentro. Pura maluquice, pura falta de observação.

Apaixonei-me por diversos homens... Altos, baixos, negros, brancos, ricos, pobres... Mas esqueci de me apaixonar pelo caráter, pelo carinho, pelo senso de humor, pela boa fé, pelos dias verdadeiros de tédio onde a pipoca era muito mais auto-suficiente do que um copo cheio de vodka.

O amor nunca me fez sofrer, ele nunca me trouxe magoa ou ataque de querer morrer.
O amor me deu portas pra encontrar caminhos novos, rumos inesperados e conhecer pessoas que realmente me faziam sentindo, e não aquelas que por comodismo acredite que seriam boas e sinceras.

Construí meu próprio precipício aonde eu mesma me joguei no abismo de fantasias e mentiras tolas.