18 de fevereiro de 2011

Nada além

Ando por estradas sem fim, falo com bichos e meus sapatos, minha solidão me conforta. Nem mesmo a bossa nova escuto, não escrevo como antes, ando perdida procurando o mapa da caça ao tesouro imaginário, imaginado por uma iniciante. Ninguém me avisou que já são dez e pouca e ainda sim estou vagando atrás de mentiras sujas e um cinismo teatral. Para minha infelicidade descobri que meu tesouro fora conquistado por um outro alguém e agora só me resta gastar as horas em minha literatura chula e recitando loucuras lúcidas, apesar de tudo ainda ando por uma estrada escura que me parece não ter fim, gostaria de não ter me habituado com a solidão, porém nos dias de hoje a prefiro. As coisas normais deixei, meus amigos larguei, minha família abandonei. Não escuto mais canções nem as componho, não tenho dinheiro, nem um abrigo ou se quer um amor para me recordar.

5 comentários: