16 de março de 2011

O fantasma

Ao caminhar percebi que não estava sozinha, no mesmo trajeto que seguia vinha alguém com uma presença pesada, um olhar que me encarava... Até onde pude ver pela minha visão periférica . Senti medo de olhar para o lado, aquilo estava me intimidando antes mesmo de me abordar, eu tossia alto, cantarolava baixo tentando me esquecer de que estava sendo observada. Depois de horas que caminhava sem rumo, resolvi indagar quem era e porque me seguia, a entonação da resposta foi fria e única.

Desconhecido: “Tu andas calada, embriagada, não procura seus amigos, vive sorrindo sozinha para esconder a sua vontade de derramar-se em lagrimas. Sou o fantasma do seu subconsciente, estou lhe seguindo há dias, mas é que tem dias que você não se encontra consigo mesmo.”

Naquele exato momento aquelas palavras bateram como um soco no estomago...

Será que estava louca ou tinha bebido demais? Tento não me recordar e sem querer me lembro.

Mesmo depois desse insano diálogo me encontro no mesmo estado, talvez um pouco mais lúcida, porém não o bastante para voltar atrás.

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